quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Queridos leitores,
geralmente busco trazer à vocês o resumo de algumas notícias que encontro, que me chamam a atenção e que talvez possam lhe interessar. Essa em especial decidi postar completa.


"Violência contra homossexuais
Drauzio Varella


A homossexualidade é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare.

Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência à existência de mulheres e homens homossexuais. Apesar dessa constatação, ainda hoje esse tipo de comportamento é chamado de antinatural.

Os que assim o julgam partem do princípio de que a natureza (ou Deus) criou órgãos sexuais para que os seres humanos procriassem; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou Ele).

Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras?

Se a homossexualidade fosse apenas perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de espécies de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos.

Em virtualmente todas as espécies de pássaros, em alguma fase da vida, ocorrem interações homossexuais que envolvem contato genital, que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação.

Comportamento homossexual envolvendo fêmeas e machos foi documentado em pelo menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva.

Relacionamento homossexual entre primatas não humanos está fartamente documentado na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no Journal of Animal Behaviour um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes.

Masturbação mútua e penetração anal fazem parte do repertório sexual de todos os primatas não humanos já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos.

Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas rigorosas.

Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela simples existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por capricho individual. Quer dizer, num belo dia pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas como sou sem vergonha prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.

Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.

A sexualidade não admite opções, simplesmente é. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.

Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países fazem com o racismo.

Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais na vizinhança, que procurem dentro das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal costumam aceitar a alheia com respeito e naturalidade.

Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.

Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser fascistas a ponto de pretender impor sua vontade aos que não pensam como eles.

Afinal, caro leitor, a menos que seus dias sejam atormentados por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu trinta anos?"

Sexualidade em pacientes com câncer ginecológico e mamário

Dissertação realizada pela enfermeira Simone Mara de Araújo Ferreira na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) buscou identificar se a sexualidade é uma das dimensões do cuidado de enfermagem de mulheres com câncer ginecológico e mamário. Segundo Simone Ferreira, a pesquisa se justifica pois o corpo enfermo não deve ser a única preocupação dos profissionais da saúde, visto que num procedimento cirúrgico pode haver tanto um comprometimento físico quanto um comprometimento psicológico das pacientes. Em muitos casos, após o procedimento cirúrgico, as pacientes choram por se sentirem “ocas”, ou seja, sem o útero; outras vezes, receiam não serem mais tão atrativas (tão mulheres) para seus maridos, o que recai no medo do abandono. Como pano de fundo dessas situações, as mulheres manifestam o desejo de reconstruir a sua imagem física, explica a pesquisadora.
Para Simone Ferreira, determinantes culturais podem ser as principais causas que levam à essas situações. Nas entrevistas, Simone pôde constatar as influências da cultura brasileira sobre a forma de lidar com a sexualidade: na nossa sociedade a mulher ainda é submissa e reprimida, sendo que muitas negam a existência da sexualidade. Ainda segundo Simone, uma das ideias mais propagadas entre as profissionais e as pacientes é que “pensar em sexo parece ser incabível no momento da doença. Sexo é prazer e as pacientes estão ali para cuidar da doença, precisam se concentrar na cura”.
A pesquisadora foi enfática ao afirmar o comprometimento na sexualidade das mulheres decorrente dos tratamentos contra o câncer: perda da vaidade, medo de não agradar e satisfazer seus parceiros.

A dissertação pode ser baixada em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-06062012-154843/pt-br.php

Matéria completa sobre essa dissertação em: http://www.usp.br/agen/?p=104913

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Orgasmo ajuda a prevenir doenças físicas e mentais


O orgasmo traz benefícios para a saúde, isso é o que nos mostra recente notícia publicada pela BBC Brasil.
Historicamente o orgasmo sempre foi associado ao prazer sexual, como uma forma de satisfação de um dos instintos mais importantes do ser humano. Porém, segundo estudos realizados por diversos pesquisadores da Espanha e dos EUA, o orgasmo traz benefícios para nossa saúde psíquica e física, ao liberar as descargas de muitas das tensões que acumulamos. Além disso, os estudos apontam que a ausência do prazer sexual torna a pessoa irritadiça, triste, rabugenta e com dificuldades para sorrir, podendo levar até ao desenvolvimento de transtornos mentais como a ansiedade. O orgasmo é, portanto, parte essencial de uma personalidade sadia.
É importante lembrar que o sexo pode ser mais bem aproveitado quando nos sentimos protegidos, por isso sempre use camisinha.


A notícia completa pode ser conferida em: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,orgasmo-ajuda-a-prevenir-doencas-fisicas-e-mentais-diz-estudo,914512,0.htm

domingo, 5 de agosto de 2012

VAGINISMO

Querer e não poder: angústia sem controle
É a contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração pelo pênis, dedo, ou espéculo ginecológico ou mesmo um tampão. A mulher não consegue controlar o movimento de contração, apesar de até querer o ato sexual. Há intenso sofrimento. Também podem aparecer sinais de pânico, como náuseas, suor excessivo e falta de ar quando a pessoa tenta enfrentar este medo, aproximando-se de seu parceiro. Mesmo desejando um contato sexual, há falta completa de controle de suas reações físicas de rejeição.
É uma disfunção não muito freqüente e geralmente acomete mulheres com um nível intelectual alto, de boa situação econômica, com jeito de ser do tipo controlador e com dificuldades de intimidade.
Mas, e por quê?
Vários fatores podem determinar o Vaginismo. Sempre devemos observar se há alguma causa orgânica para dor durante o ato sexual, como os desequilíbrios hormonais, nódulos dolorosos ou infecções nos genitais. O uso de algumas medicações que tenham como efeito colateral a diminuição de lubrificação vaginal também devem ser pesquisados.
As causas psicológicas mais profundas são:
 
situações traumáticas de abuso sexual ou estupro
mensagens anti-sexuais durante a infância (como escutar dos pais que sexo é sujo)
culpas
comportamento sedutor ou controlador por parte dos pais
dificuldade em unir amor com sexo na mesma pessoa (esposa X prostituta)
raivas entre o casal
competição temida com o pai ou mãe, entre outros.
E tem solução?
Vaginismo é uma disfunção relativamente fácil de se tratar quando se tem como objetivo apenas capacitar a paciente para a penetração. No entanto, até a mulher procurar ajuda, muitos anos de sofrimento podem se passar. Geralmente é o ginecologista que descobre que sua paciente tem dificuldades em realizar o exame. Ele a encaminha ao Terapeuta Sexual para avaliar a necessidade de uso de alguma medicação e preparar emocionalmente a paciente para enfrentar o tratamento de dessensibilização, técnica mais indicada para essa disfunção sexual. Nos casos moderados e graves de Vaginismo, a Psicoterapia de Orientação Analítica é fundamental para possibilitar a paciente a buscar o ginecologista.
Técnica de dessensibilização
A dessensibilização é realizada pelo ginecologista e consiste em expor a mulher gradativamente à situação de penetração vaginal com o uso do dedo ou de cones específicos para o tratamento. Inicia-se com a orientação de como são os órgãos genitais femininos, mostrando à mulher com um espelho sua própria anatomia. Em seguida, tenta-se introduzir um dedo na vagina. Gel lubrificante é utilizado. Com o desenvolvimento da técnica, a mulher vai reduzindo sua hiper-sensibilidade vaginal, permitindo a introdução de cones e após, do pênis de seu parceiro sexual. As tarefas com o parceiro são realizadas na intimidade do casal. O ginecologista atua como facilitador, tentando diminuir as fantasias da mulher de se sentir rasgada, perfurada ou dilacerada.
Psicoterapia de orientação analítica
Indicada para os casos onde há conflitos emocionais moderados a graves, como, por exemplo, abuso sexual na infância. Consiste em sessões psicoterápicas onde a paciente é convidada a falar tudo que lhe vem à mente. O Terapeuta Sexual, através da interpretação, confrontação e clareamento, vai ajudar a paciente a compreender a ligação entre seus problemas mais profundos e o sintoma sexual do vaginismo. Com o alívio dos temores e fantasias de dor e de invasão pessoal, a paciente pode ser reencaminhada para seu ginecologista para a dessensibilização. 

Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?445

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Planejamento Familiar



O que é planejamento familiar?

O planejamento familiar é um ato consciente: torna possível aocasal programar quantos filhos terá e quando os terá. Permite às pessoas e aos casais a oportunidade de escolher entre ter ounão filhos de acordo com seus planos e expectativas.

Programar o crescimento (ou não) da família nos dias de hoje é fundamental.Não apenas porque economicamente a vida está mais difícil,mas também porque muitas vezes investir na carreira pode ser a prioridadedo momento tanto para o homem como para a mulher.

Benefícios do planejamento familiar

O acesso à informação e a facilidade de obtenção de meios contraceptivos sob orientação médica adequada é a única maneira de preservar a saúde da mulher, evitando gestações indesejadas, diminuindo o número de gestações de alto risco, abortos inseguros e conseqüentemente reduzindo a mortalidade materna e infantil.

O planejamento familiar também beneficia as crianças, na medidaem que aumenta o intervalo entre as gestações: se elas pudessemnascer pelo menos dois anos depois da anterior, a morte de 3 a 4 milhõesde crianças poderia ter sido evitada.

O benefício do planejamento familiar para os homens e mulheres é evidente:eles podem, com a programação do nascimento de filhos, preparar-semelhor para oferecer uma vida e um futuro mais estável para suafamília.

Sempre com a supervisão de um médico, o casal pode ter conhecimentode como fazer para se evitar uma gravidez indesejada, e de como agir futuramente,com tranqüilidade, na hora em que decidirem ter um bebê.


Apostila Online sobre Planejamento Familiar do Ministério da Saúde:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf

Fonte:http://www.portalfeminino.com.br/Paginas.aspx?area=planej&id=planejamento

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sexo Anal,Tabu e DSTS

O Terra levantou 10 perguntas frequentes quando o assunto é sexo anal. Para responder, foram convidados três especialistas: a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, do Rio de Janeiro, autora do livro A Cama na Varanda (Best Seller); o urologista, sexólogo e terapeuta sexual Celso Marzano, diretor do Cedes (Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade), autor do livro O Prazer Secreto (Editora Eden) sobre sexo anal; e a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello. Confira:


1) Sexo anal dói? Por quê?
A crença de que a estimulação anal, principalmente o coito, tem de machucar ou doer é falsa. A maioria dos praticantes do sexo anal não tem dor alguma. Esse medo assusta e afugenta a maioria das pessoas desta prática sexual. Entre os homossexuais, cuja prática anal é constante, a dor é praticamente ausente. Se presente em pequena intensidade e só na penetração, não atrapalha o prazer. Portanto, Marzano alerta: sempre que existir dor significa que algo está inadequado naquele momento.

2) Com o tempo a dor passa?
Tudo o que acontece na vida, tanto as experiências positivas quanto as negativas, influenciam as emoções e a resposta sexual. Experiências sexuais traumáticas, por exemplo, marcam e sempre são lembradas em ocasiões semelhantes. No entanto, o fato de ter ocorrido dor ou desconforto em certa ocasião sexual (como sexo anal) não significa obrigatoriamente que as mesmas sensações voltarão. Não é somente o desejo de ter uma relação anal que impede o desconforto. São necessários outros parâmetros para o total relaxamento muscular.

Uma tensão anal crônica por obstipação, fissuras anais ou hemorroidas inflamadas são as causas mais comuns de desconforto durante o sexo. A tensão pode diminuir com manobras tipo toque digital na pele ao redor do ânus, por lubrificantes à base de água, por respiração relaxante, pela certeza de que o parceiro não será intempestivo e agressivo ou por masturbação simultânea. Em resumo, qualquer atividade que tire a ideia da dor poderá ter como resultado uma nova oportunidade erótica, com maior entrega sexual, sem dor ou traumas, independentemente de antecedentes desconfortáveis.

3) Mulheres podem ter prazer com o sexo anal?
Homens e mulheres podem e chegam ao orgasmo com frequência no sexo anal, segundo os especialistas. Marzano conta que, em entrevistas com praticantes, muitos relatam orgasmos com uma estimulação genital concomitante. Outros não chegam ao ápice, mas não veem nisso uma derrota, e sim uma forma de aproximação, carinho e amor. As mulheres têm maior possibilidade do orgasmo quando praticam contrações musculares da vagina e da região pélvica, que aumentam a sua excitação, somada ao efeito da fantasia excitante de estar sendo penetrada. "Estimular o clitóris também é um caminho para se chegar ao orgasmo no sexo anal", diz Carla Cecarello.

A excitação aumenta também no sexo anal quando os participantes estão envolvidos em muita fantasia e imaginação. Segundo Marzano, existem depoimentos claros, tanto de homens como de mulheres, que relatam ter orgasmos sem qualquer outra estimulação concomitante. A experiência, a excitabilidade e a erotização individual do ser humano, portanto, é que determinam estas diferenças na resposta sexual.

4) Existe uma posição ideal?
A melhor posição sexual para a prática do sexo anal é aquela em que os parceiros ficam descontraídos e relaxados. A tentativa e o experimentar são válidos para se saber qual é a melhor posição dos corpos, em que a penetração é facilitada, sem dificuldades e sem dor. Estes são os parâmetros para uma realização sexual também no sexo anal. Segundos os praticantes, uma posição confortável é deitado lado a lado (o penetrado fica de costas para o parceiro).

5) É preciso usar camisinha sempre? Por quê?
A camisinha é a melhor prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis e o mais importante recurso na prevenção contra a Aids. No Brasil, são fabricadas cerca de 25 milhões de unidades por mês. Deve ser usada para evitar que o sangue, esperma e outras secreções passem de um parceiro para o outro. "No sexo anal, seu uso é obrigatório, já que a mucosa anal absorve facilmente vírus e bactérias. Além disso, há restos de fezes que podem entrar no canal da uretra, se depositar ali e causar coceiras e corrimentos no homem", explica Carla.

Mas nem sempre o método é bem aceito pelos parceiros, que alegam diminuição do prazer. "Fala-se, popularmente, que é como chupar bala com papel, o que não é verdade, devido à alta qualidade dos preservativos atualmente, com texturas apropriadas e espessuras muito finas, que não tiram o prazer nem diminuem a sensibilidade", completa Marzano.

6) A vagina pode ser penetrada após o sexo anal?
Nunca após a penetração anal deve existir penetração vaginal. Também a manipulação com os dedos no ânus nunca deve ser seguida de manipulações vaginais. Tanto o pênis, como os dedos e vibradores, se penetrados no ânus, com ou sem camisinha, são contaminados com fezes ou com secreções fecais, nem sempre visíveis, e não devem ser sugados ou penetrados na vagina ou na boca. De acordo com Marzano, essas contaminações e infecções podem ser graves levando a consequências sérias, como infertilidade, pelviperitonite (infecção da região da bacia e abdome) com ou sem cirurgia, dores e tratamentos longos com antibióticos.

7) Sexo anal causa hemorroida?
Sexo anal, ao contrário do que muitos imaginam, não provoca hemorroidas, segundo Marzano. "Isso é mito, vem de uma crença e de educação preconceituosas de que o sexo é só para reprodução, portanto, só vaginal." Entretanto, se o sexo anal for praticado no período de inflamação da hemorroida, agravará o quadro, além de causar muita dor.

Hemorroidas são tecidos que contêm veias e que estão localizados nas paredes do reto e do ânus. Podem inflamar e desenvolver um coágulo sanguíneo (trombo), sangrar ou tornar-se dilatadas e protuberantes. As que permanecem no ânus são denominadas hemorroidas internas e aquelas que se projetam para fora do ânus são as externas. "Mais de 80% da população convive com elas, mas, por medo ou vergonha, poucas pessoas procuram ajuda médica", relata o urologista.

8) É perigoso defecar durante o sexo anal?
Segundo especialistas, é difícil. Se houver o preparo anterior com uma evacuação, não existe o risco de defecar no ato.

9) Se o sexo anal se tornar frequente, é possível ter afrouxamento do ânus e consequente incontinência fecal?
Isso é raro nessa prática sexual. O ânus tem dois esfíncteres musculares em forma de anel que funcionam de forma independente. O esfíncter externo é voluntário (você tem controle dele), já o interno é involuntário. No primeiro, o controle é similar ao dos músculos da mão, isto é, você contrai e relaxa quando quiser. O outro esfíncter é controlado pela parte autônoma do sistema nervoso central, como os músculos do coração. Ele reflete e responde ao medo e à ansiedade durante o sexo anal.

Marzano explica que, quando ocorre uma penetração sem que o indivíduo esteja preparado, com os músculos dos esfíncteres contraídos, pode ocorrer trauma com ruptura de fibras musculares, gerando dor ou sangramento. Para um relaxamento melhor no ato sexual, muitas vezes um treinamento prévio ajuda. Treinar no banho com a introdução do dedo. "Com o tempo, os músculos responderão à sua vontade, simplesmente conforme você for prestando mais atenção àquela região que você pretende relaxar", ensina o médico.

10) O homem que gosta de ser acariciado no ânus pode ser considerado homossexual?
"De forma nenhuma. A região de nádegas e ânus é igual em homens e mulheres, e as sensações ao toque são as mesmas", explica Marzano. Regina Navarro Lins diz que hoje os homens têm menos pavor de serem estimulados nessa parte do corpo do que antigamente, quando não deixavam chegar perto, já que associavam isso à homossexualidade. "Recebo muitos e-mails de mulheres contando que o parceiro pediu para acariciar o ânus ou penetrá-lo com o dedo. E também de homens dizendo que não são gays, mas gostam disso." Existe uma preocupação muito grande que isso esteja ligado com a homossexualidade, mas, segundo a sexóloga, não existe relação. "A homossexualidade é caracterizada pela escolha do objeto do amor do mesmo sexo. Além disso, a região anal é uma área com muitas terminações nervosas, altamente erógena para homens e mulheres."

Fonte:http://mulher.terra.com.br/especialistas-tiram-10-duvidas-sobre-o-sexo-anal,61386ee9f9e27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Homem também tem "Dor de Cabeça" na Hora "H"?

Dor de cabeça na "hora H" pode parecer desculpa, mas nem sempre é. A cefaléia do orgasmo é uma doença que atinge uma a cada cem pessoas no mundo, mas ainda é pouco relatada por vergonha dos pacientes. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Munster, na Alemanha, a cefaléia orgástica atinge cerca de três vezes mais homens que mulheres, e é mais comum entre os 20 e 25 anos.

Os pacientes que sofrem deste problema relatam que, quando atingem o orgasmo, a cefaléia costuma perdurar por até 48 horas e, se o interrompem, a dor desaparece sozinha em menos de uma hora", conta o neurologista da Sociedade Americana de Dor de Cabeça e da Sociedade Internacional, Abouch Krymchantowski.

A causa principal da cefaléia do orgasmo ainda não foi descoberta. Há duas correntes de estudo: uma afirma que durante o ato sexual o aumento da pressão sangüínea, a dilatação de vasos na cabeça e a produção de serotonina podem provocar as crises. Já outra corrente acredita que o cérebro do paciente "enxaquecoso", que já apresenta um desequilíbrio químico natural, recebe o estímulo do orgasmo como um fator desencadeante da dor, como o estresse. A cefaléia do orgasmo representa de 0,2% a 1,3% de todas as dores de cabeça que se manifestam em caráter freqüente.

Remédios, psicologia e acupuntura
O tratamento para o problema geralmente é feito com analgésicos, mas também há terapias com substâncias mais específicas, indicadas após todas as outras drogas terem se revelado ineficazes. Abouch também defende a investigação psicológica do problema, buscando ajuda da terapia sexual. Há ainda a opção da acupuntura, técnica com agulhas para aliviar dores, que ajuda a reduzir o uso de remédios.

A esteticista Janira Neves, 50 anos, descobriu na prática a solução para o alívio da cefaléia que a atrapalhava até na hora do sexo. "Acredito que minha dor de cabeça também esteja associada à minha sinusite. Comecei o tratamento há duas semanas e já percebi um resultados", conta.

A acupunturista, Lúcia Rossi, explica que o tratamento tem eficácia em até 80% dos casos. "Avaliamos a raiz do problema e trabalhamos de forma integrada. A cefaléia pode ter inúmeras causas, como problemas de anemia ou estafa, por isso é preciso conhecer os pontos que a influenciam", explica.

Fonte:http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI3411812-EI1517,00-Homens+sao+vitimas+da+dor+de+cabeca+na+hora+H.html

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Afinal,Sexo Oral pode transmitir DST?

Se o beijo pode ser uma via de transmissão de doenças, o sexo oral (*), por envolver contatos mais íntimos entre os envolvidos, aumenta a probabilidade de contaminação.
Hoje o sexo oral é cada vez mais comum entre parceiros sexuais e estudos recentes sugerem que ele frequentemente ocorre antes de um indivíduo ter a primeira experiência de sexo com penetração. No Reino Unido, por exemplo, houve um aumento da porcentagem de pessoas que afirmaram praticar o sexo oral: em 1990, 70% dos homens e 65% das mulheres relataram sexo oral no último ano, já em 2000, essa proporção subiu para 78% e 77% respectivamente. A explicação talvez seja a de que o sexo oral é visto como um mal menor para cada um dos valores e crenças e oferece, portanto, uma alternativa ao sexo com penetração.
Entretanto, por trás da aparente segurança podem se esconder os vilões. Segundo uma pesquisa publicada em 2002 na revista JADA (The Journal of the American Dental Association), cerca de 90% dos pacientes analisados que contraíram lesões orais de uma doença sexualmente transmissível não apresentaram sinais evidentes de contágio. Os outros 10% exibiam sintomas como inflamação ou edema na gengiva e hemorragia características de outra doença, a dolorosa gengivite necrosante ulcerativa, que apresenta um odor desagradável. Além disso, apesar do risco da contaminação pelo HIV (AIDS) ser extremamente raro através do sexo oral, especialistas acreditam que ser portador de uma doença sexualmente transmissível eleva as chances de a pessoa ser infectada com o HIV.
Então, como reduzir os riscos de contaminação?
  • Mantenha sua boca saudável.
  • Evite sexo oral se tiver sangramento gengival ou abrir cortes ou feridas na boca ou ao redor.
  • Não escove os dentes antes de realizar sexo oral, pois a escovação pode causar sangramento.
  • Evite que seu parceiro ejacule na boca.
  • O uso de preservativo pode reduzir bastante os riscos.

(*) Sexo oral é um termo amplo que inclui Fellatio (contato oral com o pênis), Cunnilingus (contato oral com a vagina), e Anilingus (contato oral com o ânus).


Fonte: http://www.lesoesbucais.com.br/ler_artigo.asp?codigo=62&cat=4

terça-feira, 17 de abril de 2012

Gravidez na Adolescência...uma questão.

No Brasil, segundo dados do IBGE, houve um aumento da proporção das adolescentes de 15 a 17 anos de idade com filhos. O fato é que os jovens iniciam a sua vida sexual cada vez mais cedo e talvez por isso a gravidez neste período da vida torna-se cada vez mais comum. Esse assunto, entretanto, deve ser tratado com seriedade, já que a gravidez na adolescência envolve muito mais do que problemas físicos, envolve também problemas emocionais e sociais.

Hoje o acesso à informação não chega a ser um problema. Sabe-se que todo jovem que quer informação pode obtê-la pela internet, com amigos, em postos de saúde etc. O problema é a qualidade dessa informação. Talvez, se temas sobre sexo fossem tratados abertamente dentro do espaço familiar, muitas gravidezes poderiam ser evitadas. Mas o que acontece é que muitos pais ou acham constrangedor o diálogo aberto ou também não tem informações corretas a respeito do tema. Como resultado temos jovens mal instruídos.
Para além do acesso a informação outros elementos mostram-se necessários. Não basta ter a informação se o acesso a uma consulta, um aconselhamento, uma cartela de preservativos ou anticoncepcionais torna-se uma verdadeira barreira.
E é nessa lacuna que a BEMFAM (Bem-Estar Familiar no Brasil) desenvolve programas como o PROJOVEM que contribui para a promoção da cidadania, da equidade de gênero e para a redução das vulnerabilidades de adolescentes e jovens, de 10 a 24 anos, em saúde sexual e reprodutiva. A partir das boas práticas realizadas através de serviços amigáveis (serviços atrativos, acessíveis, adequados e que atendem às necessidades de saúde sexual e reprodutiva de uma diversidade de adolescentes e jovens) incentivam as visitas de retorno e promovem a adesão às atividades desenvolvidas.


Fonte: http://meuartigo.brasilescola.com/sexualidade/gravidez-na-adolescencia.htm

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Incapacidade do Orgasmo Feminino....


Uma disfunção sexual feminina muito comum é a incapacidade de obter orgasmo em relações sexuais ou mesmo, como ocorre para algumas mulheres, nunca ter obtido um orgasmo, distúrbio denominado anorgasmia. Mulheres que conseguem ter orgasmo por meio da manipulação do clitóris ou da masturbação não podem ser consideradas como portadoras de anorgasmia.
Ainda hoje o orgasmo sexual feminino é um assunto complexo do ponto de vista social, cultural e religioso. Entre as causas mais comuns para a dificuldade de atingir o orgasmo em mulheres temos: o equívoco sobre a resposta sexual normal das mulheres; o desconhecimento da anatomia genital (o que não é incomum entre mulheres e seus parceiros sexuais); a falta de comunicação entre os parceiros (enquanto algumas mulheres podem obter orgasmo por meio da penetração vaginal por si só, outras exigem também o estímulo clitoridiano); a falta de desejo sexual (mas nem sempre existe relação entre a falta de desejo e a falta de orgasmo); o tabu religioso em torno da necessidade do orgasmo feminino.
O que se deve evitar, entretanto, é a ditadura do orgasmo, a necessidade imperiosa em ter orgasmo em todas as relações sexuais. Isso acaba por depreciar a mulher como um ser humano e, aí sim, pode causar a falta de desejo sexual ou mesmo a aversão sexual definitiva. Isso porque para muitas mulheres o orgasmo não é sinônimo de satisfação sexual e muitas chegam a afirmar que não precisam ter orgasmo para se satisfazer sexualmente. Enquanto que para os homens o orgasmo é supervalorizado como manifestação do apreço sexual, do desejo sexual e do desempenho sexual.
É importante lembrar que o médico ginecologista pode ajudar a mulher em suas dúvidas e recomendar tratamentos que possam ser realizados ou opções disponíveis para avaliações por parte de outros especialistas.

Fonte: http://www.gineco.com.br/problemas-sexuais-femininos/incapacidade-obter-orgasmo-feminino.html

quinta-feira, 15 de março de 2012

Você já ouviu falar de “angina do amor” após o ato sexual?

No jornal Folha de São Paulo, em 10 de março, Dr. Drauzio Varella nos informa que eventos cardiovasculares durante o ato sexual correspondem a menos de 1% do total de infartos, número mínimo. E uma boa notícia, quanto mais sexo houver, mais baixo será esse risco. E entre aqueles, homens e mulheres, que já sofreram infarto, a probabilidade de ocorrer outro é insignificante: de uma a duas chances para cada 100 mil horas de prática sexual. Em 5.559 autópsias realizadas após morte súbita, apenas 0,6% haviam ocorrido durante o ato, cerca de 85% eram homens; a maioria mantendo relações extramaritais com mulheres mais jovens em ambientes estranhos e/ou depois de consumo excessivo de alimentos ou álcool. O coração pode adoecer e alguns medicamentos para hipertensão e doenças cardiovasculares podem impactar negativamente nos mecanismos de ereção e lubrificação vaginal. (Folha de SãoPaulo, caderno Ilustrada, 10/03/2012).



Ainda, é comum após o infarto, a sensação de insegurança para a prática sexual, na persistência deste sentimento, é preciso buscar ajuda terapêutica.

Homossexualidade, religião e preconceito.

Em entrevista o deputado Jean Willys aborda questões referentes à dificuldade de tramitar projeto que trata da criminalização da homofobia. Ele desabafa “Sabe o que é inaceitável? São as igrejas, por exemplo, financiarem programas de recuperação e de cura de homossexualidade”.
Folha de São Paulo, entrevista de 2ª feira, 26/12/2011.

quarta-feira, 14 de março de 2012

"Neomulheres" o sexo não é decidido no nascimento?



Segundo notícia publicada recentemente no site de notícias UOL, o gênero de uma pessoa não é definido ao nascer, sendo na verdade construído através de um aprendizado social, cultural e histórico. Ao tocar na questão do gênero fica impossível não falar de transexualidade. Muitas transexuais, denominadas na matéria de neomulheres, tais como Ariadna Arantes conhecida nacionalmente através do programa BBB, não nasceram com o corpo do gênero feminino, com o corpo do gênero que desejam: a elas, no entanto, muitas vezes basta sentir-se mulher. Elas não se encaixam na sociedade, e talvez nem seja esse o seu desejo, e o preconceito que sofrem ainda é forte. Entretanto, há uma característica que une novas e antigas mulheres: o anseio por respeito, dignidade e felicidade.

A matéria completa pode ser conferida em:
http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2012/03/08/neomulheres-mostram-que-o-sexo-nao-e-decidido-no-nascimento.htm


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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sexualidade e Fases da Vida

"A adolescência chega e muitas vezes com ela as primeiras experiências sexuais. Nem todo mundo sabe, mas o despertar da sexualidade nada tem a ver com a genitalidade, normalmente acentuada nesta fase da vida. Quando o ser humano nasce, já começa a desenvolver sua própria sexualidade.  Os especialistas, no entanto, alertam que viver plenamente as experiências sexuais pode trazer outros problemas: traumas que, sem tratamento adequado, serão carregados por toda vida".




Sexualidade é Vida

A sexualidade será sempre a associação da própria genitalidade, do carinho, do afeto, do amor e, principalmente, da comunicação. Nem sempre, sua manifestação se dará entre amantes. "De maneira alguma, a sexualidade quer dizer apenas a relação sexual, a penetração ou a simples preocupação com os genitais. Ela é algo mais amplo, que passa a existir com o nascimento do indivíduo. Sexualidade significa vida"


 Sexo e Idade

As características da  sexualidade são variadas conforme a idade. Nas crianças com idades entre zero e 18 meses, começa o processo de aprendizagem da identidade homem/mulher e dos papéis sexuais. "Neste período, a criança passa a lidar com a representação cultural do que é ser homem ou mulher. É nessa fase que o bebê começa a experimentar o próprio corpo e a ter as primeiras experiências sexuais, ganhando intimidade e confiança principalmente com a própria mãe", explica o ginecologista.

A apreciação e o exame dos próprios genitais ocorre entre os 18 meses e os três anos de idade. Depois disto, até os quatro anos, a criança tem sua própria explicação sobre a origem dos bebês, sendo capaz de assimilar atitudes sexuais - negativas ou positivas - do meio onde vive. Entre cinco e seis anos, a criança apresenta idéias fantásticas de como os bebês são gerados. É neste período, que o outro começa a ser incluído nos jogos sexuais. "A partir dos sete anos, apesar do interesse em assuntos sexuais, a criança fica retraída com os contatos mais íntimos. 


 Adolescência

As profundas transformações da puberdade começam aos 10 anos, quando a criança conhece também a prática da masturbação. A partir de então, acentua-se o desejo de relacionamento com o outro. O Dr. Leonardo Goodson explica que, normalmente, os adolescentes com 14 anos têm um amigo íntimo e canalizam o erótico para histórias, confidências e piadas. Com 15 anos, ocorre a abertura para a heterossexualidade e o adolescente começa a ter sua identidade sexual afirmada. "Dos 17 aos 23 anos, essa identidade é consolidada e o jovem passa a ter um objeto amoroso único, com quem mantém intercâmbio amoroso.
É a partir da adolescência que o jovem começa a se preocupar com os riscos trazidos pela Aids. A desinformação costuma reforçar os preconceitos. Segundo o Grupo pela Vida, do Rio de Janeiro, algumas situações vividas entre duas pessoas não trazem ameaça de contaminação pelo vírus HIV. Trocar beijos e carícias; apertar as mãos; ter contato com suor, lágrima e saliva; usar os mesmos pratos, talheres, copos, vasos sanitários ou assentos; não significam riscos. "A preocupação é justificável, mas nos esquecemos que a convivência com um soropositivo pode ser saudável, sem que nos tornemos preconceituosos



 Riscos Orgânicos e Prevenção

A Aids não é o único risco trazido com o início de uma vida sexual ativa, apesar de ser o mais temido. A gravidez indesejada e a contaminação por outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também merecem atenção. "A pílula e a camisinha não são as únicas formas de prevenção. Existem outros métodos que podem ser adotados, desde que haja o acompanhamento de um médico ou orientador sexual. Quando se pensa em adolescência, as recomendações mais comuns são a pílula para a gravidez indesejada e a camisinha para as DSTs.Para evitar a gravidez, é possível adotar ainda métodos como o coito interrompido, a temperatura basal e a tabelinha. No entanto, são opções menos confiáveis. Os métodos chamados de barreiras são os preservativos masculino e feminino, o diafragma e o Dispositivo Intra-uterino (DIU). Há ainda os anticoncepcionais orais (pílula) e os injetáveis (mensal e trimestral), além da laqueadura tubária e a vasectomia.


Erotização e Virgindade

A sociedade erotizada chama a atenção para os riscos físicos do sexo, esquecendo-se de outro ponto que é tão importante quanto a saúde do corpo: a mente sadia. Atualmente, a mídia tem sido o meio mais feroz de incentivo à vida sexual. No entanto, este incentivo tem uma proporção infinitamente mais voltada para o lado negativo. "Na televisão, por exemplo, são muitas horas voltadas para o desrespeito ao próximo, para o incentivo de receber mais do que dar; e poucos minutos de orientação sexual adequada, principalmente para os adolescentes. É preciso lembrar que sexo é bom, quando é bom para os dois", opinam os especialistas.Um dos exemplos de erotização diz respeito à forma como a sociedade encara a virgindade.



Virgindade

Como as pessoas desconhecem este verdadeiro sentido da virgindade, torna-se antiquado ser virgem. Atualmente, muitos adolescentes preferem dizer diante da turma que já tiveram a primeira relação sexual, para não ser massacrados diante de comentários e piadas dos colegas. A gravidez indesejada, as DSTs e os problemas relacionais são algumas das dificuldades que podem aparecer. No entanto, vivido de forma adequada, o sexo possibilita que a pessoa usufrua de imensos prazeres.


Compreensão Traz Maturidade


A falta de compreensão de como a sexualidade e o sexo devem ser encarados traz inúmeros riscos - orgânicos e psicológicos. "A gravidez indesejada, as DSTs, a insatisfação pessoal, o arrependimento, as disfunções sexuais tardias e as dificuldades no relacionamento são alguns desses riscos", diz o médico. Os profissionais  orientam que todo passo na vida deve, se possível, ser planejado, diminuindo as chances de se tornar um problema. Minimizar esses riscos será sempre uma responsabilidade de cada indivíduo, que deve buscar a orientação adequada, por meio de profissionais de saúde, professores de orientação sexual, livros especializados e a própria compreensão. "Entender a si mesmo será sempre algo significativo para adquirir a maturidade necessária para a vida".


Traumas



O trauma psicológico aparece sempre que a pessoa se inicia em qualquer área sem estar preparada. Os problemas psicológicos futuros, neste caso, são inevitáveis. No caso sexual, a iniciação inadequada pode refletir na conduta dos anos seguintes, trazendo ansiedade durante a relação sexual, disfunções e dificuldades no relacionamento. Todos estes problemas influenciam no cotidiano, porque o sexo faz parte da vida e, como tal, é primordial que seja bem vivenciado.


Conflitos

Para algumas pessoas, as experiências sexuais só ocorrem anos mais tarde, apesar de a adolescência ser um momento da vida em que a própria biologia leva ao envolvimento sexual. Para quem ultrapassou esta fase e não vivenciou o sexo, o risco de conflito é grande. No entanto, se a pessoa está bem consigo mesma, lembrando que a sexualidade envolve afeto, carinho e comunicação e não apenas genitalidade, não haverá problemas. Se existe o conflito, é necessário buscar ajuda profissional. O indivíduo deve buscar o equilíbrio da vida sexual, parando de exigir de si mesmo uma atitude que não pode ser assumida naquele momento.