O Terra levantou 10 perguntas frequentes quando o assunto é sexo
anal. Para responder, foram convidados três especialistas: a
psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, do Rio de Janeiro, autora
do livro A Cama na Varanda (Best Seller); o urologista, sexólogo e
terapeuta sexual Celso Marzano, diretor do Cedes (Centro de Orientação e
Desenvolvimento da Sexualidade), autor do livro O Prazer Secreto (Editora Eden) sobre sexo anal; e a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello. Confira:
1) Sexo anal dói? Por quê?
A crença de que a estimulação anal, principalmente o coito, tem de
machucar ou doer é falsa. A maioria dos praticantes do sexo anal não tem
dor alguma. Esse medo assusta e afugenta a maioria das pessoas desta
prática sexual. Entre os homossexuais, cuja prática anal é constante, a
dor é praticamente ausente. Se presente em pequena intensidade e só na
penetração, não atrapalha o prazer. Portanto, Marzano alerta: sempre que
existir dor significa que algo está inadequado naquele momento.
2) Com o tempo a dor passa?
Tudo o que acontece na vida, tanto as experiências positivas quanto as
negativas, influenciam as emoções e a resposta sexual. Experiências
sexuais traumáticas, por exemplo, marcam e sempre são lembradas em
ocasiões semelhantes. No entanto, o fato de ter ocorrido dor ou
desconforto em certa ocasião sexual (como sexo anal) não significa
obrigatoriamente que as mesmas sensações voltarão. Não é somente o
desejo de ter uma relação anal que impede o desconforto. São necessários
outros parâmetros para o total relaxamento muscular.
Uma tensão anal crônica por obstipação, fissuras anais ou hemorroidas
inflamadas são as causas mais comuns de desconforto durante o sexo. A
tensão pode diminuir com manobras tipo toque digital na pele ao redor do
ânus, por lubrificantes à base de água, por respiração relaxante, pela
certeza de que o parceiro não será intempestivo e agressivo ou por
masturbação simultânea. Em resumo, qualquer atividade que tire a ideia
da dor poderá ter como resultado uma nova oportunidade erótica, com
maior entrega sexual, sem dor ou traumas, independentemente de
antecedentes desconfortáveis.
3) Mulheres podem ter prazer com o sexo anal?
Homens e mulheres podem e chegam ao orgasmo com frequência no sexo anal,
segundo os especialistas. Marzano conta que, em entrevistas com
praticantes, muitos relatam orgasmos com uma estimulação genital
concomitante. Outros não chegam ao ápice, mas não veem nisso uma
derrota, e sim uma forma de aproximação, carinho e amor. As mulheres têm
maior possibilidade do orgasmo quando praticam contrações musculares da
vagina e da região pélvica, que aumentam a sua excitação, somada ao
efeito da fantasia excitante de estar sendo penetrada. "Estimular o
clitóris também é um caminho para se chegar ao orgasmo no sexo anal",
diz Carla Cecarello.
A excitação aumenta também no sexo anal quando os participantes estão
envolvidos em muita fantasia e imaginação. Segundo Marzano, existem
depoimentos claros, tanto de homens como de mulheres, que relatam ter
orgasmos sem qualquer outra estimulação concomitante. A experiência, a
excitabilidade e a erotização individual do ser humano, portanto, é que
determinam estas diferenças na resposta sexual.
4) Existe uma posição ideal?
A melhor posição sexual para a prática do sexo anal é aquela em que os
parceiros ficam descontraídos e relaxados. A tentativa e o experimentar
são válidos para se saber qual é a melhor posição dos corpos, em que a
penetração é facilitada, sem dificuldades e sem dor. Estes são os
parâmetros para uma realização sexual também no sexo anal. Segundos os
praticantes, uma posição confortável é deitado lado a lado (o penetrado
fica de costas para o parceiro).
5) É preciso usar camisinha sempre? Por quê?
A camisinha é a melhor prevenção contra as doenças sexualmente
transmissíveis e o mais importante recurso na prevenção contra a Aids.
No Brasil, são fabricadas cerca de 25 milhões de unidades por mês. Deve
ser usada para evitar que o sangue, esperma e outras secreções passem de
um parceiro para o outro. "No sexo anal, seu uso é obrigatório, já que a
mucosa anal absorve facilmente vírus e bactérias. Além disso, há restos
de fezes que podem entrar no canal da uretra, se depositar ali e causar
coceiras e corrimentos no homem", explica Carla.
Mas nem sempre o método é bem aceito pelos parceiros, que alegam
diminuição do prazer. "Fala-se, popularmente, que é como chupar bala com
papel, o que não é verdade, devido à alta qualidade dos preservativos
atualmente, com texturas apropriadas e espessuras muito finas, que não
tiram o prazer nem diminuem a sensibilidade", completa Marzano.
6) A vagina pode ser penetrada após o sexo anal?
Nunca após a penetração anal deve existir penetração vaginal. Também a
manipulação com os dedos no ânus nunca deve ser seguida de manipulações
vaginais. Tanto o pênis, como os dedos e vibradores, se penetrados no
ânus, com ou sem camisinha, são contaminados com fezes ou com secreções
fecais, nem sempre visíveis, e não devem ser sugados ou penetrados na
vagina ou na boca. De acordo com Marzano, essas contaminações e
infecções podem ser graves levando a consequências sérias, como
infertilidade, pelviperitonite (infecção da região da bacia e abdome)
com ou sem cirurgia, dores e tratamentos longos com antibióticos.
7) Sexo anal causa hemorroida?
Sexo anal, ao contrário do que muitos imaginam, não provoca hemorroidas,
segundo Marzano. "Isso é mito, vem de uma crença e de educação
preconceituosas de que o sexo é só para reprodução, portanto, só
vaginal." Entretanto, se o sexo anal for praticado no período de
inflamação da hemorroida, agravará o quadro, além de causar muita dor.
Hemorroidas são tecidos que contêm veias e que estão localizados nas
paredes do reto e do ânus. Podem inflamar e desenvolver um coágulo
sanguíneo (trombo), sangrar ou tornar-se dilatadas e protuberantes. As
que permanecem no ânus são denominadas hemorroidas internas e aquelas
que se projetam para fora do ânus são as externas. "Mais de 80% da
população convive com elas, mas, por medo ou vergonha, poucas pessoas
procuram ajuda médica", relata o urologista.
8) É perigoso defecar durante o sexo anal?
Segundo especialistas, é difícil. Se houver o preparo anterior com uma evacuação, não existe o risco de defecar no ato.
9) Se o sexo anal se tornar frequente, é possível ter afrouxamento do ânus e consequente incontinência fecal?
Isso é raro nessa prática sexual. O ânus tem dois esfíncteres musculares
em forma de anel que funcionam de forma independente. O esfíncter
externo é voluntário (você tem controle dele), já o interno é
involuntário. No primeiro, o controle é similar ao dos músculos da mão,
isto é, você contrai e relaxa quando quiser. O outro esfíncter é
controlado pela parte autônoma do sistema nervoso central, como os
músculos do coração. Ele reflete e responde ao medo e à ansiedade
durante o sexo anal.
Marzano explica que, quando ocorre uma penetração sem que o indivíduo
esteja preparado, com os músculos dos esfíncteres contraídos, pode
ocorrer trauma com ruptura de fibras musculares, gerando dor ou
sangramento. Para um relaxamento melhor no ato sexual, muitas vezes um
treinamento prévio ajuda. Treinar no banho com a introdução do dedo.
"Com o tempo, os músculos responderão à sua vontade, simplesmente
conforme você for prestando mais atenção àquela região que você pretende
relaxar", ensina o médico.
10) O homem que gosta de ser acariciado no ânus pode ser considerado homossexual?
"De forma nenhuma. A região de nádegas e ânus é igual em homens e
mulheres, e as sensações ao toque são as mesmas", explica Marzano.
Regina Navarro Lins diz que hoje os homens têm menos pavor de serem
estimulados nessa parte do corpo do que antigamente, quando não deixavam
chegar perto, já que associavam isso à homossexualidade. "Recebo muitos
e-mails de mulheres contando que o parceiro pediu para acariciar o ânus
ou penetrá-lo com o dedo. E também de homens dizendo que não são gays,
mas gostam disso." Existe uma preocupação muito grande que isso esteja
ligado com a homossexualidade, mas, segundo a sexóloga, não existe
relação. "A homossexualidade é caracterizada pela escolha do objeto do
amor do mesmo sexo. Além disso, a região anal é uma área com muitas
terminações nervosas, altamente erógena para homens e mulheres."
Fonte:http://mulher.terra.com.br/especialistas-tiram-10-duvidas-sobre-o-sexo-anal,61386ee9f9e27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html
Projeto de atendimento e orientação a respeito de sexualidade voltado aos alunos moradores do Conjunto Residencial da USP. O diversificAçãoCrusp é vinculado ao Serviço Social da Superintendência de Assistência Social da Universidade de São Paulo.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Homem também tem "Dor de Cabeça" na Hora "H"?
Dor de cabeça na "hora H" pode parecer desculpa, mas nem sempre é. A cefaléia do orgasmo é uma doença que atinge uma a cada cem pessoas no mundo, mas ainda é pouco relatada por vergonha dos pacientes. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Munster, na Alemanha, a cefaléia orgástica atinge cerca de três vezes mais homens que mulheres, e é mais comum entre os 20 e 25 anos.
Os pacientes que sofrem deste problema relatam que, quando atingem o orgasmo, a cefaléia costuma perdurar por até 48 horas e, se o interrompem, a dor desaparece sozinha em menos de uma hora", conta o neurologista da Sociedade Americana de Dor de Cabeça e da Sociedade Internacional, Abouch Krymchantowski.
A causa principal da cefaléia do orgasmo ainda não foi descoberta. Há duas correntes de estudo: uma afirma que durante o ato sexual o aumento da pressão sangüínea, a dilatação de vasos na cabeça e a produção de serotonina podem provocar as crises. Já outra corrente acredita que o cérebro do paciente "enxaquecoso", que já apresenta um desequilíbrio químico natural, recebe o estímulo do orgasmo como um fator desencadeante da dor, como o estresse. A cefaléia do orgasmo representa de 0,2% a 1,3% de todas as dores de cabeça que se manifestam em caráter freqüente.
Remédios, psicologia e acupuntura
O tratamento para o problema geralmente é feito com analgésicos, mas também há terapias com substâncias mais específicas, indicadas após todas as outras drogas terem se revelado ineficazes. Abouch também defende a investigação psicológica do problema, buscando ajuda da terapia sexual. Há ainda a opção da acupuntura, técnica com agulhas para aliviar dores, que ajuda a reduzir o uso de remédios.
A esteticista Janira Neves, 50 anos, descobriu na prática a solução para o alívio da cefaléia que a atrapalhava até na hora do sexo. "Acredito que minha dor de cabeça também esteja associada à minha sinusite. Comecei o tratamento há duas semanas e já percebi um resultados", conta.
A acupunturista, Lúcia Rossi, explica que o tratamento tem eficácia em até 80% dos casos. "Avaliamos a raiz do problema e trabalhamos de forma integrada. A cefaléia pode ter inúmeras causas, como problemas de anemia ou estafa, por isso é preciso conhecer os pontos que a influenciam", explica.
Fonte:http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI3411812-EI1517,00-Homens+sao+vitimas+da+dor+de+cabeca+na+hora+H.html
Os pacientes que sofrem deste problema relatam que, quando atingem o orgasmo, a cefaléia costuma perdurar por até 48 horas e, se o interrompem, a dor desaparece sozinha em menos de uma hora", conta o neurologista da Sociedade Americana de Dor de Cabeça e da Sociedade Internacional, Abouch Krymchantowski.
A causa principal da cefaléia do orgasmo ainda não foi descoberta. Há duas correntes de estudo: uma afirma que durante o ato sexual o aumento da pressão sangüínea, a dilatação de vasos na cabeça e a produção de serotonina podem provocar as crises. Já outra corrente acredita que o cérebro do paciente "enxaquecoso", que já apresenta um desequilíbrio químico natural, recebe o estímulo do orgasmo como um fator desencadeante da dor, como o estresse. A cefaléia do orgasmo representa de 0,2% a 1,3% de todas as dores de cabeça que se manifestam em caráter freqüente.
Remédios, psicologia e acupuntura
O tratamento para o problema geralmente é feito com analgésicos, mas também há terapias com substâncias mais específicas, indicadas após todas as outras drogas terem se revelado ineficazes. Abouch também defende a investigação psicológica do problema, buscando ajuda da terapia sexual. Há ainda a opção da acupuntura, técnica com agulhas para aliviar dores, que ajuda a reduzir o uso de remédios.
A esteticista Janira Neves, 50 anos, descobriu na prática a solução para o alívio da cefaléia que a atrapalhava até na hora do sexo. "Acredito que minha dor de cabeça também esteja associada à minha sinusite. Comecei o tratamento há duas semanas e já percebi um resultados", conta.
A acupunturista, Lúcia Rossi, explica que o tratamento tem eficácia em até 80% dos casos. "Avaliamos a raiz do problema e trabalhamos de forma integrada. A cefaléia pode ter inúmeras causas, como problemas de anemia ou estafa, por isso é preciso conhecer os pontos que a influenciam", explica.
Fonte:http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI3411812-EI1517,00-Homens+sao+vitimas+da+dor+de+cabeca+na+hora+H.html
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