quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sexualidade em pacientes com câncer ginecológico e mamário

Dissertação realizada pela enfermeira Simone Mara de Araújo Ferreira na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) buscou identificar se a sexualidade é uma das dimensões do cuidado de enfermagem de mulheres com câncer ginecológico e mamário. Segundo Simone Ferreira, a pesquisa se justifica pois o corpo enfermo não deve ser a única preocupação dos profissionais da saúde, visto que num procedimento cirúrgico pode haver tanto um comprometimento físico quanto um comprometimento psicológico das pacientes. Em muitos casos, após o procedimento cirúrgico, as pacientes choram por se sentirem “ocas”, ou seja, sem o útero; outras vezes, receiam não serem mais tão atrativas (tão mulheres) para seus maridos, o que recai no medo do abandono. Como pano de fundo dessas situações, as mulheres manifestam o desejo de reconstruir a sua imagem física, explica a pesquisadora.
Para Simone Ferreira, determinantes culturais podem ser as principais causas que levam à essas situações. Nas entrevistas, Simone pôde constatar as influências da cultura brasileira sobre a forma de lidar com a sexualidade: na nossa sociedade a mulher ainda é submissa e reprimida, sendo que muitas negam a existência da sexualidade. Ainda segundo Simone, uma das ideias mais propagadas entre as profissionais e as pacientes é que “pensar em sexo parece ser incabível no momento da doença. Sexo é prazer e as pacientes estão ali para cuidar da doença, precisam se concentrar na cura”.
A pesquisadora foi enfática ao afirmar o comprometimento na sexualidade das mulheres decorrente dos tratamentos contra o câncer: perda da vaidade, medo de não agradar e satisfazer seus parceiros.

A dissertação pode ser baixada em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-06062012-154843/pt-br.php

Matéria completa sobre essa dissertação em: http://www.usp.br/agen/?p=104913

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